Sexto Apuleio (cônsul em 29 a.C.)
Sexto Apuleio | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 29 a.C. |
Sexto Apuleio (em latim: Sextus Appuleius) foi um político gente Apuleia da República Romana nomeado cônsul em 29 a.C. com Otaviano. Era filho de Sexto Apuleio com Otávia Maior, a meia-irmã mais velha de Otaviano, irmão de Marco Apuleio,[1] cônsul em 20, e pai de Sexto Apuleio, cônsul em 14.[2]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Sexto Apuleio ocupou uma série de cargos importantes durante o reinado de seu tio. Foi nomeado áugure em 31 a.C,[3] cônsul em 29 a.C. com ele dois anos depois, função na qual serviu até 30 de junho, como era o costume, sendo substituído por Potito Valério Messala.[4][5] Depois, serviu como procônsul da Hispânia em 28 a.C., durante as Guerras Cantábricas, e da Ásia entre 23 e 22 a.C.. Por conta de algum ato durante seu primeiro proconsulado, provavelmente sobre os cântabros, foi-lhe concedida a honra de um triunfo em 26 a.C.[6] Entre 21 e 20 a.C. foi um dos arvais.[7] Em 13 a.C., presidiu o funeral de Marco Vipsânio Agripa com Tibério Cláudio Nero, Públio Quintílio Varo e Julo Antônio, filho de Marco Antônio.[8]
Dião Cássio[9] menciona que, por volta de 12 a.C., Apuleio e Caio Cílnio Mecenas foram acusados perante um tribunal por terem ajudado na consumação de um adultério. Segundo uma inscrição na Ásia,[10][11] Sexto casou-se com uma mulher chamada Quintila, irmã do político e general romano Públio Quintílio Varo,[1] e teve com ela dois filhos de bastante relevo durante o primeiro período do Império Romano, conhecido como "Principado": um filho chamado Sexto Apuleio, cônsul em 14, e uma filha chamada Apuleia Varília, exilada por causa de um adultério.[6][12]
Aparentemente foi ainda governador da província romana de Ilírico em 8 a.C., logo depois de Tibério Cláudio Nero, o futuro imperador Tibério,[13][14] sendo sucedido por Lúcio Domício Enobarbo. É possível ainda que tenha sido este Sexto Apuleio (e não seu pai) que foi flâmine "Julial".[6] Já foi proposto que o flâmine de meia-idade que está esculpido numa das faces do Altar da Paz, em Roma, é justamente ele neste papel.[15] Não se sabe quando Apuleio morreu.
Árvore genealógica
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Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Otaviano IV com Lúcio Sênio (suf.) |
Otaviano V 29 a.C. com Sexto Apuleio |
Sucedido por: Otaviano VI com Marco Vipsânio Agripa II |
Referências
- ↑ a b Ronald Syme, Augustan Aristocracy (1989), p. 316
- ↑ Ronald Syme, The Roman Revolution, p. 328
- ↑ T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, Vol. ii p. 424
- ↑ Dião Cássio, História Romana LI 20
- ↑ Dião Cássio, História Romana LI 21
- ↑ a b c Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 317
- ↑ J.Sheid, Les Frères Arvales, Recrutement et origine sociale sous les Julio-Claudiens (Bibliothèque des Hautes Etudes, Sc. Relig., vol. 77), Paris 1975, p.13 segg..
- ↑ Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 229.
- ↑ Dião Cássio, História Romana LIV 30,4
- ↑ AE 1966, 422
- ↑ Inscriptiones Latinae Selectae 8783 da Pergamo; AE 1966, 425
- ↑ Tácito, Anais II, 50.
- ↑ Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 152
- ↑ Cassiodoro, Chron. Min. II 135.
- ↑ Pollini, J., 'Ahenobarbi, Appuleii and Some Others on the Ara Pacis', p. 458
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Broughton, T. Robert S., The Magistrates of the Roman Republic, Vol II (1952)
- Broughton, T. Robert S., The Magistrates of the Roman Republic, Vol III (1986)
- (em alemão) Wolfgang Will: Ap(p)uleius [II 3]. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 1, Metzler, Stuttgart 1996, ISBN 3-476-01471-1.
- Ronald Syme: The Augustan aristocracy. Clarendon Press, Oxford 1986, S. 316–318.